O NOME DAS LETRAS



...letras com nomes lá dentro...































domingo, 4 de dezembro de 2011

Natal,!Natal! - O Natal das bruxas de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada











O NATAL DAS BRUXAS








No castelo tenebroso, estava um ambiente de cortar à faca! As três bruxas não faziam outra coisa senão resmungar, lamentar-se e dar largas à fúria, com pontapés nos gatos e vassouradas nos morcegos.
- Não há dúvida! - berrava a mais velha. - Vivemos aqui há séculos e nunca o Pai Natal se lembrou de nós!
- Nunca, por nunca ser, tivemos um presente no sapatinho!
- No sapatinho? Tu queres dizer é no sapatão. Ora olha bem para o tamanho do teu pé. Calças para aí o quarenta e quatro – respondeu-lhe a irmã mais nova, cheia de maldade, ou não se chamasse ela Rosa Maldosa.
Ao ouvir aquilo, Rita Maldita saltou de trás do caldeirão onde borbulhavam poções maléficas e deu-lhe um estalo.
- Toma que é para aprenderes. Já sabes que não tolero que falem do tamanho dos meus pés! (...)
- És horrorosa, Rosa Maldosa!
- E tu nem chegas a ser parva... és parvalhita, Rita Maldita!
A irmã do meio assistia, abanando a cabeça com visível enfado. Como é que haviam de ter presentes, se se portavam daquela maneira? Brigas constantes afugentavam qualquer Pai Natal bem intencionado. Gostaria de lhes fazer ver que assim não ganhavam nada (...)
- Vamos ao Pólo Norte dizer umas verdades ao Pai Natal!
- Boa ideia! (...)
Num ápice, foram ao baú onde guardavam as casacas de toupeira para ocasiões muito especiais e agasalharam-se. Não era preciso deitarem-se a adivinhar. Sabiam que o vento daquelas bandas era gélido!
Depois assobiaram para chamar as vassouras, montaram e lá foram pela janela fora! Nenhuma confessou, mas iam radiantes! (...)
O Pai Natal, coitado, quando as viu pela frente teve um baque. Que lhe quereriam aquelas três loucas? O mais certo era virem empatá-lo e o pior é que já só tinha uma semana para organizar os lotes das prendas. Tentou encontrar uma boa desculpa para as mandar embora, mas elas não lhe deram tempo e desataram numa gritaria infernal.
- Viemos protestar!
- Exigimos justiça!
- Nós também temos direito. Queremos prendas!
- Prendas como as outras pessoas!
- Não temos culpa de sermos bruxas.
- Nascemos assim, temos que fazer maldades.
- Foi por isso mesmo que nos deram estes nomes começados por mal: Maldosa, Maldita, Maldição!
O pobre velhote deitou as mãos à cabeça. Que havia de fazer para se ver livre delas?
- Vocês sabem muito bem que não posso dar presentes a quem faz patifarias - arriscou com voz débil.
A resposta veio sem frases que se atropelavam num frenesim:
- Patifarias? Patifarias não!
- Asneiras! Pequenos disparates como toda a gente.
- Claro! Somos bruxas, fazemos bruxarias.
- Tudo coisas sem importância: poções para tornar amargo qualquer doce, pozinhos para as crianças poderem arreliar as pessoas mais velhas ou xaropes para as pessoas mais velhas obrigarem os mais novos a irem para a cama. (...)
Receando que discutissem toda a noite, o Pai Natal ordenou:
- Calem-se! Se não se calarem imediatamente garanto-vos que nunca na vida hão-de receber um presente.
A ameaça funcionou. Muito juntas foram-se chegando para ele. Pela conversa, pareceu-lhes que encarava a hipótese de as presentear.
- Vão-se embora - pediu o Pai Natal, agora mais calmo. Deixem-me trabalhar sossegado.
Não prometera nada, mas havia qualquer coisa no tom de voz que lhes deu esperança. Esperança de ver um daqueles lindos embrulhos cair pela chaminé. (...)
Nunca mais chegava a noite de Natal. Nunca mais chegava a hora de saber se desta vez, sim, seriam contempladas. Mas valeu a penal Era meia-noite em ponto quando ouviram uma restolhada sobre as telhas. (...)
Da chaminé desciam lentamente três embrulhos, tão lindos como nunca tinham visto outros!
Ansiosas, precipitaram-se para saber qual era o seu. E o coração derreteu-se-lhes quando deram com os olhos nos cartõezinhos:
- Oh! Já viste o que o Pai Natal escreveu?
- Que querido!
- Adoro o Pai Natal!
- É o velho mais simpático do universo!
A alegria tinha razão de ser. O Pai Natal, em vez de usar os nomes delas, escolhera outros mais a seu gosto: Rita Bonita, Rosa Cheirosa, Conceição Bom-Coração.
Nunca ninguém lhes tinha chamado assim e sentiram-se tão felizes que, por um momento, desejaram proceder como o Pai Natal, apeteceu-lhes alterar as coisas, substituir malefícios por benefícios, enfim, apeteceu-lhes deixar de ser bruxas.
Mas quem é que pode fugir ao seu destino?
Ainda não tinha batido a uma hora, já andavam à bulha com inveja do presente das irmãs.

Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada in Natal! Natal!



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E agora mais uma curiosidade... uma lengalenga com bruxas...

LENGALENGAS (com bruxas)

A chover
A trovejar
E as bruxas
A dançar

A chover
A fazer sol
As bruxas
A comer pão mole

retirado DAQUI













Uma bruxa que se porta bem, é velhinha, mas é boa e até dá doces... a quem se porta bem!... A quem se porta mal dá carvão!
Aparece a voar pelos céus nas sua vassoura voadora, com um saco às costas e na noite do dia 5 de Janeiro, em Itália, coloca doces e carvão nas meias que os meninos e meninas deixam à sua espera...

Conta a lenda que:
Segundo uma história popular, os Reis magos dirigiam-se a Belém para levar os presentes a Jesus, mas não conseguiam encontrar o caminho. Na estrada encontraram uma velhinha e pediram-lhe informações. Agradecidos pela ajuda, os Reis convidaram a senhora para os acompanhar, mas ela não foi. Depois, arrependida, preparou um cesto com doces e foi procurar os Reis e o menino Jesus, mas não os encontrou. Na esperança de encontrar o menino Jesus, ela foi distribuindo os doces por todas as casas onde encontrava uma criança. Desde então, voa pelo mundo oferecendo presentes a todas as crianças.





Itália - o país da "bota"...














E descobre umas canções ou poemas em italiano sobre a Befana...
Tenta dizê-los na aula com a professora e diverte-te!...

" La Befana vien di notte
con le scarpe tutte rotte
col cappello alla romana
viva viva la Befana! "




A Befana vem de noite
com os sapatos todos rotos
com o cabelo à romana
viva viva a Befana!














Outro poema dedicado à Befana.


Arriva la Befana!



M'avevan detto, la Befana
non é più tanto lontana
sulla scopa è già per via
giungerà all'Epifania.
Porterà ai bimbi buoni
chicche dolci ed altri doni.
La Befana qui passò
tutto questo mi portò!
Se sia brutta vecchia e storta
non lo so e non me ne importa,
so soltanto che il suo arrivo
rende il cuore più giulivo !



Chega a Befana!

Disseram-me que a Befana,
não está assim tão longe
sobre a vassoura, já vem a caminho
chegará na Epifania.
Trará aos meninos bons,
muitos doces e guloseimas.
A Befana que passou
tudo isto me deixou.
Se é feia, velha e torta
não no sei, nem me importa,
sei no entanto, que ao chegar,
põe a todos, o coração a brilhar!

















O carvão que Befana oferece a quem merece!... Bem, lá no fundo, sabemos bem que todos poderíamos receber um "pedacinho" e claro muitos doces!...










Agora vai-te aperaltar, põe o teu fato de bruxa e vem para aqui cantar... à Befana ou ao que te apetecer falar...




CLICA AQUI e começa a cantar...











E também pode ser Natal AQUI...










Ou mesmo aqui...











E ainda iremos voltar com as tuas histórias, as que já fizeste na aula ou que ainda quererás fazer sobre o Natal das... ou dos... e sabemos que te divertiste muito a ler "O Natal das bruxas" de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. As autoras escrevem mesmo de uma forma divertida e cativante, original e invulgar... até põem bruxas no Natal e gatos e vassouras a voar (esperemos que o Pai Natal não vá chocar com o trenó, nas vassouras destas bruxas, pelo ar)... E tu, ao escreveres os teus textos, ainda te divertiste mais, não?!...

Voltamos em breve com os teus trabalhos e a tua opinião sobre este Natal num castelo tenebroso... agora vamos aqui pôr mais um post com uns trabalhos que fizeste com o coração... até já!...


Deixamos-te com esta mensagem... CLICA AQUI... Já sabes com ou sem bruxas, ele não tarda... não acreditas em bruxas?!...O Pai Natal também não!...


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