O NOME DAS LETRAS



...letras com nomes lá dentro...































sábado, 28 de agosto de 2010

Projecto "Histórias para aprender a ler..." - Uma cartilha com Histórias de Letras...














A pulga que tinha uma girafa...






Era uma vez uma pulga que tinha uma girafa.
A girafa da pulga não morava na savana africana. Também não vivia no Jardim, naquele que é Jardim mas Zoológico.
A girafa morava na pulga que saltava.




A pulga era uma pulga invulgar, já se vê, não é qualquer pulga que tem uma girafa a morar. E a girafa fartava-se de pular, às costas daquela pulga que andava sempre a saltar.



Claro que a pulga, a tal pulga que tinha a girafa, era ela que vivia na savana africana. Mas como é que uma pulga vai apanhar uma girafa? Foi uma coisa estranha, mas é fácil de contar: um dia andava a pulga a saltar, pulou mais alto no ar e começou a voar. Foi por essa altura, que a pulga apanhou a girafa, a jantar nos ramos mais altos de uma acácia.
(As acácias são aquelas árvores que se encontram espalhadas pela savana africana.)













E estava a girafa a jantar, quando sentiu o jantar a começar a saltar. Olhou para baixo e viu-se em cima de uma coisa preta, uma coisa de pular...
Mas, como era bom saltar, a girafa nem se importou. Interrompeu o jantar e foi dar uma volta a pular.




A girafa distraída nem viu que era uma pulga que a tinha apanhado sem querer. Era tão divertido que ela nem queria saber...
De tanto saltar, olhou o céu e viu lá a espreitar uma estrela de brilhar. E reparou que eram horas de deitar...












Foi aqui que começou a confusão, a pulga que a apanhara não era da mesma opinião. Pulava, saltava e não parava. A pulga saltava e a girafa acordava.
A girafa olhou para o chão e a pulga olhou para o alto e descobriram então a razão da confusão:


O "g" da girafa e o "g" da pulga queriam os dois dar a mão. Só acabou a confusão quando o gigante Lingrinhas entrou nesta saltação. Pegou no "g" da pulga e no "g" da girafa e pôs os dois a viver no seu nome de gigante. E acabou tudo num instante!...














A girafa mora agora na savana africana com o seu pescoço gigante. E a pulga? Bem, a pulga apanhou um cão que por ela passou a rugir. Ou será que era um leão que não sabia ladrar? Desculpem, mas ainda não terminou por aqui a confusão!...
O cão é que tinha a pulga ou era pulga que tinha o leão?...
Pergunto já ao gigante do pescoço da girafa, que me diz sem hesitar:





´






- O "g" da girafa lê-se jjjjj quando tem à frente um "e" ou um "i" e chama-se "gê".
O "g" da pulga lê-se "gue" e chama-se "guê".
E a letra "g" quer chamar-se "gêgue".


Deixo aqui algumas palavras para as tentarem ler e procurem mais palavras com "ge" ou "gi" ou com "gue" e podem começar a escrever. O que é que se pode fazer com uma resposta a fugir e que não tem nada a ver?!...

É só começar a ler e a escrever e nunca ter medo de responder...
Aqui têm as palavras mas vejam lá em que história é que as vão meter...








galgo








égua








pulga








igual









acelga












geada













colégio






vigia







E agora ouçam e cantem a história de uma pulga, de um gato e de um pau...









Dona girafa...








Quem tem medo de ler?!...









A LENDA DA GIRAFA


“Há muito, muito tempo, a girafa era um animal igual aos outros, com um pescoço de tamanho normal. Houve então uma terrível seca. Os animais comeram toda a erva que havia, até mesmo as ervas secas e duras e andavam quilómetros para ter água para beber.
Um dia, a girafa encontrou o seu amigo rinoceronte. Estava muito calor e ambos percorriam lentamente o caminho que levava ao bebedouro mais próximo e lamentavam-se:
- Ah, meu amigo - disse a girafa, - veja lá... Tantos animais a escavar o chão à procura de comida... Está tudo seco, mas as acácias continuam verdes.
- Hum, hum - disse o rinoceronte (que não era - e ainda não é - muito falador).
- Seria tão bom - disse a girafa - poder chegar aos ramos mais altos, às folhas tenras. Há muita comida mas não conseguimos lá chegar porque não conseguimos subir às árvores.

O rinoceronte olhou para cima e concordou, abanando a cabeça:
- Talvez devessemos ir falar com o feiticeiro. Ele é sábio e poderoso.
- Que bela ideia! - disse a girafa. - Sabes onde fica a casa do feiticeiro?
O rinoceronte acenou afirmativamente e os dois amigos dirigiram-se para a casa do feiticeiro depois de matarem a sede. No fim de uma caminhada longa e cansativa, os dois chegaram à casa do feiticeiro e explicaram-lhe porque tinham vindo. Depois de ouvi-los, o feiticeiro deu uma gargalhada e disse:
- Isso é muito fácil. Voltem amanhã ao meio-dia e eu dar-lhes-ei uma erva mágica. Ela fará com que os vossos pescoços e as vossas pernas cresçam. Assim, poderão comer as folhas tenras das acácias.
No dia seguinte, só a girafa chegou à cabana na hora marcada. O rinoceronte, que não era lá muito esperto, encontrou um tufo de erva ainda verde e ficou tão contente que se esqueceu do compromisso.

Cansado de esperar pelo rinoceronte, o feiticeiro deu a erva mágica à girafa e desapareceu. A girafa comeu sozinha uma dose preparada para dois. Sentiu imediatamente uma sensação estranha nas suas pernas e pescoço e viu que o chão se afastava rapidamente. “Que engraçado!” pensou a girafa, fechando os olhos pois começava a sentir-se tonta. Passado algum tempo abriu lentamente os olhos. Como o mundo tinha mudado! As nuvens estavam mais perto e ela conseguia ver longe, muito longe. A girafa olhou para as suas longas pernas, moveu o seu pescoço longo e gracioso e sorriu. À sua frente estava uma acácia bem verdinha... A girafa deu dois passos e comeu as suas primeiras folhas.

Depois de terminar a sua refeição, o rinoceronte lembrou-se do compromisso e correu o mais depressa que pode para a casa do feiticeiro. Tarde demais! Quando lá chegou, a girafa já comia, regalada, as folhas da acácia. Quando o feiticeiro lhe disse que já não havia mais ervas mágicas, o rinoceronte ficou furioso, pois pensou que tinha sido enganado e nem pensou no seu enorme atraso que o tinha prejudicado. Tão furioso ficou que perseguiu o feiticeiro pela savana fora. Diz-se que foi a partir desse dia que o rinoceronte, zangado com as pessoas, as persegue sempre que vê uma perto de si."



retirado de A gaxéta





RINOCERONTES...






















Sabias que...


O povo da tribo sul-africana Zulu, acredita que o homem chegou à Terra a escorregar pelo pescoço de uma girafa. Fazem girafas artesanais: arte Raku...como estas...













mulher zulu





rapaz zulu









Quem tem medo de ler?!... (A lenda da girafa e outras...)











E umas girafas engraçadas para fazer lá em casa. É só olhar e pôr a imaginação a trabalhar!...E também podes fazer uma girafa de escorregar...









































Agora experimenta calçar os chinelos e descansar no sofá de girafa a escorregar. Bebe um chá e aproveita para sonhar com as histórias que leste ou as que nos vais contar...

























E não esqueças põe-te a investigar o que mais te agradar! Nós nunca contamos tudo para seres tu a procurar! Calça lá os chinelos e começa a trabalhar!... E não te esqueças de nos mostrar o que conseguiste encontrar...














Nós ainda vamos voltar com outra história de "gue" e "gui"...
Fica por aí a olhar...







Sem comentários:

Enviar um comentário