Mil perguntas
Era uma vez um menino que fazia imensas perguntas o que não se pode dizer que seja um mal. É um bem. Só que às perguntas daquele menino era difícil dar resposta.
Ele perguntava por exemplo:
- Porque é que as gavetas têm mesas?
As pessoas ficavam a olhar para ele e lá respondiam:
- As gavetas servem para guardar os talheres.
- Eu sei para que servem as gavetas, o que não sei é porque razão as gavetas têm mesas.
As pessoas abanavam a cabeça e desandavam. E, numa outra oportunidade, ele perguntava:
- Porque é que as caudas têm peixes?
Ou então:
- Porque é que os bigodes têm gatos?
As pessoas abanavam a cabeça e seguiam para os seus afazeres.
O menino crescia e não parava de fazer perguntas.
Já homem feito, ainda continuava num virote a perguntar isto e aquilo. Como ninguém lhe respondia, retirou-se para uma cabana num alto de um monte e aí dedicou todo o seu tempo às perguntas: concebia-as, escrevia-as num caderno e depois reflectia em busca da resposta, sem a encontrar.
Escrevia por exemplo:
"Porque é que a sombra tem um pinheiro?"
"Porque é que as nuvens não escrevem cartas?"
Tantas perguntas escrevia que a cabeça lhe doía, mas isso era coisa que não o ralava. Também lhe cresceu a barba, mas ele não a cortou. Perguntava antes:"Porque é que a barba tem cara?"
Em suma, era um fenómeno. Quando morreu, um estudioso fez uma investigação e descobriu que o indivíduo desde pequeno se habituara a vestir as calças às avessas, sem nunca ter conseguido, uma vez que fosse, enfiá-las pelo lado certo. E, da mesma forma, também nunca aprendera a fazer perguntas certas.
Coisas que acontecem a muito boa gente!
Gianni Rodari "Novas histórias ao telefone"
Agora vais ler com atenção, pensar e depois aprender a perguntar:
Põe-te a pensar...
O que irá acontecer ao açúcar? E à água?
Observa a imagem e experimenta misturar açúcar com água. Observa o aspecto e vê o que acontece:
1 - Antes de mexeres com a colher.
2 - Depois de mexeres bem com a colher.
Desenha na tua folha o que observaste.
Põ-te a pensar...
Para onde terá ido o açúcar? Será que desapareceu e ficou só a água?
Responde e escreve na folha.
E vamos tentar resolver este caso do açúcar "desaparecido"!...
Agora faz o mesmo com água e sal.
Põe-te a pensar e a perguntar como fizemos com o açúcar...
Regista na tua folha e desenha o que achas que vai acontecer e o que realmente vês a acontecer.
Põe-te a pensar...
Será que existem "coisas"/substâncias que não "desaparecem" na água?
Escreve uma lista de "coisas" que coonheces e que "desaparecem" na água e outra lista de "coisas" que conheces e não "desaparecem" na água.
Põe-te a pensar...
Como explicas isso?
Agora vê com atenção este vídeo que te vai ajudar a responder a esta pergunta com ajuda da tua professora...
E tenta "construir" com plasticina ou gomas de cores e diferentes e palitos o que aconteceu ao sal e à água.
Desenha no teu caderno ou folha com cores.
E observa a imagem abaixo e lê com atenção. tenta descobrir o que são esses nomes esquisitos relacionado-os com o sal e a água.
Na aula com a ajuda da professora põe-te a pensar e fala com os teus colegas. Tenta descobrir e escreve as conclusões no teu caderno.
Lê agora esta lengalenga e diverte-te com os teus colegas a inventar uma nova pensando e relacionando com o que fizeste até agora aqui. E diverte-te a aprender e a perguntar!...
Que é da água?
As patas beberam.
Que é das patas?
Estão a pôr os ovos.
Que é dos ovos?
Os gatos comeram.
Que é dos gatos?
Estão com as velhas.
Que é das velhas?
Estão no mato.
Que é do mato?
O lume acendeu.
Que é do lume?
A água apagou.
E vão aparecer por aqui muitas mais coisas sobre estes temas e outros. Fica atento!... E diverte-te!...
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