O NOME DAS LETRAS



...letras com nomes lá dentro...































domingo, 6 de setembro de 2009

COMO É QUE SE APRENDE A LER...




COMO É QUE SE APRENDE A LER…

Algumas crianças iniciam e desenvolvem a sua aprendizagem da leitura durante o primeiro e mesmo do segundo ano de escolaridade. Outras por sua vez fazem-no logo durante o último ano do ensino Pré-Escolar. Tanto num caso como noutro, numa mesma classe é normal encontrarmos, crianças da mesma faixa etária que poderiam ter aprendido a ler mais cedo e outras que ainda não se encontram preparadas para o fazer, embora tenham a mesma idade cronológica.
Segundo um artigo publicado na revista Super Bebés, a explicação para este facto encontra-se relacionada com diversos factores, que na sua maioria não dependem da vontade da criança, do professor ou até mesmo dos pais ou encarregados de educação:

Maturação da linguagem – A criança deve manipular a linguagem com correcção, tanto a nível semântico – compreensão – como a nível fonológico – pronunciação. Além disso, deve ser capaz de interpretar símbolos correctamente, dado que as letras não são mais do que símbolos.
Maturação cognitiva - Ler exige analisar: as letras, as palavras isoladas – e, depois, sintetizar, para conseguir formar palavras e, com estas, frases com sentido.
Maturação fisiológica – o sistema nervoso da criança, as suas estruturas cerebrais e os sentidos – vista e ouvido – devem ser suficientemente maduros.
Maturação psicomotora - Deve permitir à criança orientar-se no espaço – a folha de papel – e no tempo – ritmo de leitura.
Maturação afectiva - Aprender a ler exige esforço e muita persistência.

Nem todas as crianças com a mesma idade têm a mesma maturação, provavelmente porque tiveram diferentes influências ambientais.
Atendendo a tudo isto, é claro que algumas crianças aprendem a ler rapidamente, quase sem darem por isso, enquanto outros chegam a passar um “mau bocado”.

QUANDO DEVO PREOCUPAR-ME PORQUE O MEU FILHO NÃO APRENDE A LER?...

Se o seu filho anda a aprender a ler e ainda não o conseguiu e alguns dos seus colegas já lêem, tente encarar este facto como algo natural, tal como acontece quando as crianças começam a falar – cada uma apresenta a altura ideal para o fazer. Cada criança mais cedo ou mais tarde, alcança um momento em que parece perceber em que consiste a leitura, encontrando regras que se repetem e outras que mudam.
É aquele “clic” em que a criança pode dar o seu “salto na aprendizagem”, mas que não acontece em todas as crianças ao mesmo tempo. Tente não se preocupar, o importante é que o seu filho sinta confiança e saiba que é capaz de aprender e que sinta acima de tudo o seu apoio e a sua confiança. Ainda que não leia correctamente no final do primeiro ano de escolaridade, pode saber reconhecer as letras e desenvolverá a maturidade que lhe “falta” durante as férias lectivas ou até durante o segundo ano de escolaridade (que é essencialmente uma consolidação do primeiro ano de escolaridade).

Porém se o seu filho continua a não conseguir ler, apesar de todos os seus colegas já lerem fluentemente e apesar do esforço que faz consigo e com a professora ou professor da classe, então deverá consultar um especialista.
Quanto mais cedo se intervém em alguns destes “problemas”, melhor é o prognóstico e melhores serão os resultados.

Pode e deve continuar a ajudar o seu filho em casa, lendo com ele e para ele e tentando estabelecer com ele algumas responsabilidades. Ele poderá deste modo desenvolver a sua maturidade em alguns dos aspectos atrás referidos. E sobretudo não esqueça: é fundamental incentivá-lo e convencê-lo de que irá conseguir aprender a ler. Nunca o critique quando se engana, nem lhe ralhe ou dê castigos. Ajude-o e incentive-o a ultrapassar as suas pequenas falhas.




IMPORTANTE: Tente não ficar obcecado, pois a sua preocupação em demasia, acabará por transmitir à criança a sua ansiedade e ela poderá sentir-se incapaz de corresponder às exigências que lhe são feitas da sua parte. Este facto sem dúvida contribuirá para tornar todo este processo muito mais difícil e complicado.

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